sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Revisão de História- Era Napoleônica (1799-1815) e o Congresso de Viena.

Oi meus amores, tudo bem? Para quem não nos acompanha, sejam bem vindos! Para quem já é de casa, estou muito feliz pelo reencontro! Quanto tempo, né? Nessas férias eu também trabalhei, estudei... descansei (ninguém é de ferro, hahaha). Tanta coisa aconteceu. O nosso cantinho aqui está quase atingindo 40 mil views!!! Criei um perfil no Instagram direcionado para estudos. Com resumos de outras matérias, com vídeos-aulas no snapgram... Tudo para vocês, então, confiram lá: @amor.por.estudos.
Mas sim, hoje eu trouxe um assunto bem rapidinho mas que é bastante importante. Tem um "50 em 5" dele lá no Insta, desenhadinho, porque facilita bastantes. Espero que seja útil e que vocês gostem. Um beijão e bons estudos.


Chega ao fim - depois de longos 10 anos de guilhotina, sangue e traições -  a Revolução Francesa; com o Golpe do 18 Brumário. Marcando assim, o início da Era Napoleônica.
Esse período é divido em três partes, são elas:
1-     Consulado (1799-1804);
2-    Império (1804-1815);
3-    Governo dos Cem Dias.

Ø Consulado:
Napoleão Bonaparte já era uma figura conhecida por ser general do exército francês desde seus 24 anos.
Com o Consulado, três cônsules partilhavam o poder. Porém, Napoleão já o “monopolizava”.
Assim, entrou em vigor uma nova Constituição e com ela, Napoleão tornou-se o primeiro cônsul francês. E então, estabeleceu-se um governo que objetivava favorecer os interesses burgueses.
A primeira meta a ser batida pelo Consulado era eliminar a Segunda Coligação (Grã-Bretanha, Áustria e Rússia) que tentava derrubar o regime revolucionário. 
Consequentemente a isso, em 1800, a Áustria foi derrotada na Batalha de Marengo. Em 1802, a Grã-Bretanha e a França decidiram dar uma trégua na guerra, assinando a Paz de Amiens.
Além disso, Napoleão também tomou outras medidas durante esse período:
·         Criação do Banco da França- com o intuito de controlar a crise financeira;
·         Criou tarifas alfandegárias que bloqueavam a importação de manufaturas- dando apoio ao desenvolvimento de fábricas. Era o início da Revolução Industrial na França;
·         Censura da Imprensa;

·         Código Civil Napoleônico (que favorecia a burguesia francesa):
®    Casamento civil;
®    Propriedade privada;
®    Liberdade individual;
®    Igualdade de todos perante a lei;
®    Reforma Agrária.

Com a criação do Código Napoleônico ele tinha o intuito principal de satisfazer a burguesia, contudo, acabou agradando aos vários setores da sociedade, inclusive o povo.
Fortalecido socialmente, em 1804, por meio de um plebiscito, tornou-se Imperador.
Ø Império:
Na coroação de imperador, Napoleão chegou a se auto coroar – tirando a coroa das mãos do Papa Pio VII -, mostrando o quanto ele se achava superior aos poderes religiosos.
Com o novo imperador no poder, alguns países ficaram receosos com ao temor que Bonaparte representava, principalmente a Inglaterra.
Os ingleses temiam a concorrência da França no mercado consumidor europeu e o poder da Revolução Francesa, que poderia fazer florescer, novamente, a vontade no povo britânico de alterar os rumos da Revolução Gloriosa.
Para o imperador, o único caminho para consolidar seus objetivos era o expansionismo econômico e territorial, pois seria por meio deles que conquistaria os mercados consumidores mais importantes.
E aos poucos ele mudava o mapa europeu, exibindo seu poder com as grandes conquistas territoriais.
Mesmo assim, a Inglaterra continuava sendo uma pedra no sapato dos franceses. Nada parecia abalar o poder britânico. Em 1805, o imperador tentou invadir a Inglaterra e acabou sendo derrotado pela marinha inglesa na Batalha de Trafalgar.
Foi então que Napoleão, em 1806, decretou o Bloqueio Continental. Porém, ele não conseguiu atingir seu alvo principal, uma vez que Portugal e Rússia burlaram o Bloqueio.
“Da mesma forma como ascendeu meteoricamente, Napoleão igualmente caiu. ”. E o fracasso do embargo comercial com a Inglaterra já seria um fator suficiente para sua queda.
Ademais, o grande imperador não poderia cruzar os braços para os dois países que afrontaram seu poder. Invadiu Portugal, quando sua nobreza parasitária já tinha fugido para o Brasil com o apoio inglês. Além disso, arrastou seu exército para tentar vencer a resistência russa, entretanto, foi surpreendido pela tática da terra arrasada; que deixou as tropas napoleônicas sem mantimento, com frio e sem abrigo. Assim sendo, devido ao rigoroso inverno russo e a estratégia adotada, grande parte do exército morreu.
O enfraquecimento das tropas napoleônicas deu margem para a formação da última coligação dos países europeus (Prússia, Áustria, Rússia e Grã-Bretanha) que venceu o império francês na Batalha de Leipzig (Batalha das Nações).
Em 1814, Napoleão assinou o Tratado de Fontainebleau, abdicando seu trono. E então, partindo para o exílio na Ilha de Elba.

Ø Governo dos Cem Dias:
Mesmo exilado, Napoleão acompanhou atentamente os rumos que a França tomava. Ao perceber o descontentamento do povo com o governo de Luís XVIII, Bonaparte resolveu voltar à sua terra.
Assim, voltou à Paris. Ao saber disso, o atual rei fugiu para a Bélgica e então, o antigo imperador, iniciou o Governo dos Cem Dias.
Todavia, mais uma vez a sua ambição de tornar a França o centro europeu, recaiu sobre a Inglaterra.
Então, em 1815, travou-se a Batalha de Wanterloo, na qual Napoleão foi derrotado.
Feito prisioneiro, partiu para seu segundo exílio, na Ilha de Santa Helena, de onde não retornou vivo.
E então, morreu ali, mas nunca morrerá na História, nem na Política e muito menos, nos estudos que são norteados por seus pensamentos e estratégias. Morreu Napoleão Bonaparte, que jamais será esquecido pelos franceses e pelo resto do mundo. Morreu o Imperador que se auto coroou e mostrou para o mundo o seu poder e sua fantástica capacidade de articular estratégias. Morreu o preso e exilado que tentou de todas as formas possíveis, satisfazer a um povo que o colocou no poder e ao mesmo povo que o tirou do poder. Morreu naquela Ilha, mas nunca, nos livros e nas entrelinhas de quem for se aventurar pela História Geral.

Ø O Congresso de Viena (1814-1815):
Surgiu com o objetivo de arrumar a bagunça e limpar a poeira deixada na Era Napoleônica. Como? Redesenhar o mapa europeu. Ou seja, devolver todas as terras conquistadas pela França para seus devidos donos.
Foi realizado na capital austríaca, liderado pelas potências europeias da época. Os líderes conservadores compunham o que ficou conhecido como Comitê dos Quatro, formado pela Inglaterra, Prússia, Áustria, Rússia e a França como convidada.
Para alcançar o objetivo principal, era necessário organizar um sistema para isso. Foi então que nasceram duas vertentes ideológicas:
·         Princípio da Legitimidade- cada reino europeu só poderia ser governado pelo seu “legítimo proprietário”.
·         Princípio da Restauração- tronos e reinos conquistados durante a Era Napoleônica, teria de ser devolvido ao seu “legítimo proprietário”, restaurando a antiga conjuntura. Como, por exemplo, a restauração da Dinastia Bourbon, com Luís XVIII.
·         Princípio da Intervenção- continha os movimentos contrários ao absolutismo, que contestassem o monarca. Para intervir diretamente, foi criada a Santa Aliaça. Exército formado pela Rússia, Áustria e Prússia.