quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Revisão de História- Período Regencial e Segundo Reinado- ENEM 2016

Oi meus amores, tudo bem? Finalizando nosso kit dos 10 assuntos mais cobrados no ENEM. Hoje trouxe Segundo Reinado, que cai bastante e foi tudo feito com muito carinho e empenho. Espero que todos tenham sucesso. Que nos dias 5 e 6 de novembro consigam tudo aquilo que almejam. Que o blog e eu tenhamos conseguido ajudarem alguém de alguma forma. Muito sucesso para todos. E não esqueçam de mostrar para todo mundo, pois me ajuda muito e faz com que o blog ajude mais e mais pessoas. Bons estudos, boa prova e beijão.

Ø Brasil: Período Regencial (1831-1840):
Com a abdicação de D. Pedro I e o embarque para Portugal, ele deixa no Brasil seu filho, Pedro de Alcântara, como sucessor.
Os 9 anos de Período Regencial desvendam todas as mazelas da política brasileira.
Como o país não podia ficar sem governo, uma Regência Trina Provisória assumiu o poder.
No dia 17 de junho de 1831, a Assembleia Geral elegeu a Regência Trina Permanente e os quatros anos que essa Regência ficou no poder foram os anos mais conturbados da história do Brasil.
Foi um período marcado por calúnias, assassinatos e escândalos políticos que fizeram surgir uma grande ferida entre Conservadores e Liberais.
v Regência: Trina Permanente (1831-1834):
Foi composta por José da Costa Carvalho, João Bráulio Muniz e Francisco de Lima e Silva.
Essa Regência tentou manter um equilíbrio entre as elites do Norte e do Sul.
As agitações na capital aumentavam e espalhavam conflitos e questionamentos pelas províncias, aumentando a insegurança das elites.
Diogo Antônio Feijó foi nomeado Ministro da Justiça e enfrentou com grande violência as manifestações e, para isso, criou a Guarda Nacional.
®   Ato Adicional de 1834:
Foi um ato institucional, assinado em agosto de 1834. Modificou a Constituição outorgada de 1824. Criou Assembleias Legislativas Provinciais e substituiu a Regência Trina pela Regência Una.
        
v Regência: Antônio Feijó (1835-1837):
Foi eleito em abril de 1835 e se tornou o primeiro regente único.
Fundou o Partido Progressista (Partido Liberal, mais tarde) e iniciou uma intensa repressão as manifestações.
A oposição fundou o Partido Conservador (Regressistas).
Feijó foi fortemente atacado por conservadores e reagiu com um discurso defendendo a abolição da escravatura. Os conservadores reagiram imediatamente e isso impulsionou a renúncia de Feijó. Assim, iniciava-se o Período Regressista.

v Regência: Araújo Lima (1837-1840):
Foi eleito em abril de 1838.
Durante todo seu governo, as rebeliões iniciadas no governo de Feijó consumiram dinheiro e exército do governo central. Além das duas outras rebeliões que estouraram.

v Revoltas Regionais:
O solo estava impróprio e não havia, nem ao menos, boas sementes a se cultivar e tampouco quem as cultivassem. Assim sendo, o contexto era perfeito para revoltas.
1-   Cabanagem (1835-1840):
Foi uma revolta social ocorrida na província do Grão-Pará, que contou com o apoio de diferentes classes sociais.
A insatisfação da população já crescia desde antes da Independência.
Os manifestantes criticavam as péssimas condições de vida, o controle político exercido por, maioritariamente, portugueses.
Bernardo Lobo de Sousa assumiu a presidência da província e logo iniciou uma política repressiva, causando um enorme descontentamento.
Em 1825, os revoltosos conquistaram Belém e mataram, em plena rua, o presidente da província.
Passaram-se, então, três governos cabanos, até que o regente Feijó decidiu reestabelecer a ordem. E em 1836, enviou tropas que conseguiram esse feito.
Os cabanos conseguiram resistir. Até a chegada de uma violenta e brutal repressão, que controlou a situação. Assim, em 1840, a revolta foi duramente sufocada e deixou milhares de mortos.

2-   Sabinada (1837-1838):
Ocorreu na Bahia.
Foi uma revolta urbana – com participação das médias e baixas camadas da sociedade – e separatista, com ideais republicanos.
Os revoltosos queriam proclamar uma república provisória na província baiana, até a maioridade de D. Pedro II.
Havia, também, um grande descontentamento às opressões e imposições do governo. Além de acharem que Salvador estava “esquecido”, com os olhares voltados para o Rio de Janeiro. E, consequente à isso, pediam a volta da capital brasileira para Salvador.
Foi liderada por Francisco Sabino Álvares da Rocha Vieira.
Em 1838, enfraquecidos, foram sufocados e a revolta teve fim. Deixando quase 10% da população de Salvador, morta.

3-   Balaiada (1838-1841):
Ocorreu no Maranhão.
Foi uma disputa entre democratas radicais e grandes proprietários, que levaram a uma série de agitações.
Essas agitações, levaram à adesão de camadas mais baixas da população. Assim, adere a ideia o fabricante de balaios, Manuel Francisco dos Anjos Ferreira, que deu um caráter mais radical à revolta.
Com isso, democratas retiram o apoio aos rebeldes.
Em agosto de 1839, tomaram a cidade de Caxias.
A Regência resolveu intervir com força total. Com a ajuda de Luís Alves de Lima e Silva, a revolta chegou ao fim.

4-   Guerra dos Farrapos (1835-1845):
Estourou no Rio Grande do Sul.
Foi a mais duradoura e violenta revolta do Período Regencial.
Os donos de terras do Rio Grande mantinham ideais de separatismo da região.
Mas afinal, foi uma revolta econômica provocada pela forte concorrência na qual foi submetido o charque gaúcho. Uma revolução separatista e republicana conduzida por “caudilhos”.
A província se destacava pelo comércio de animais, mais precisamente, pelo comércio de couro e charque. Contudo, o charque gaúcho passou a concorrer com o charque argentino e uruguaio. Assim, a população rio-grandense pedia a taxação de impostos nos produtos estrangeiros.
O governo recusou e isso foi o suficiente para explodir a bomba que estava acesa há tempos.
O conflito começou em setembro de 1835 e terminou em fevereiro de 1845, com o ‘honroso’ tratado de paz.
Teve como um dos principais líderes Bento Gonçalves, que, em setembro de 1835 destitui o governo provincial e declarou independência do Rio Grande do Sul.
O governo decidiu reprimir depressa e logo enviou mercenários comandados por John Grenfell. Ainda assim, a revolta durou muitos anos. E foi, somente, no governo de D. Pedro II, em 1845, que a revolução adormeceu.

5-   Revolução Praieira (1848):
Eclodiu em Pernambuco, já no período do Segundo Reinado. Contudo, apresenta características semelhantes as revoltas ocorridas no Período Regencial.
Foi uma revolta política deflagrada pelos liberais contra os conservadores.
Os revoltosos, liderados por Pedro Ivo Veloso da Silveira, Antônio Borges da Fonseca e Joaquim Nunes Machado, pediam a convocação de uma Constituinte, a nacionalização do comércio, o fim do Poder Moderador.
Em setembro de 1848, um novo presidente, ligado ao Partido Conservador, assumiu a presidência de Pernambuco e começou a substituir os Liberais (Praieiros) de seus cargos.
Em novembro do mesmo ano, sob a liderança de Liberais, um grupo de rebeldes tomou a cidade de Igaraçu.
Em fevereiro de 1849, os rebeldes tentaram tomar Recife mas foram rechaçados.
Após a morte de Joaquim Nunes Machado, iniciou-se uma guerra de guerrilhas.
Em agosto do mesmo ano, Antônio Borges foi preso e em 1850, Pedro Ivo foi capturado.
O movimento perdeu forças e apagou-se.

v Golpe da Maioridade:
Com os Conservadores no poder, os Liberais passaram a apoiar a coração de D. Pedro II, num momento que ficou conhecido como Golpe da Maioridade.
De acordo com a Constituição, Pedro de Alcântara só poderia assumir a chefia da nação aos 18 anos. E os Liberais apresentaram diversos projetos para tentar derrubar esse artigo constitucional.
Os Conservadores, então, receosos de aparentarem se opor contra o Imperador, passaram assim, a apoiar o Golpe.
Assim sendo, em 1840, D. Pedro II chega ao poder com 14 anos.

Ø Brasil: Segundo Reinado:
Pedro de Alcântara teve uma infância marcada pela solidão. Logo foi mergulhado nos estudos.
“Imperador aos cinco anos, chefe da nação aos 14, ele faria a triste figura de um menino amadurecido antes do tempo.”
O imperador consolidou a política centralizadora de seu pai e instalou uma espécie de parlamentarismo monárquico.
Suas principais reformas foram:
·         Dissolução da Câmara;
·         Lei da Interpretação do Ato Adicional (1840);
·         Restituição do Conselho de Estado;
·         Reforma do Código de Processos;
·         Manutenção do Voto Censitário.
v O Reinado do Café:
Foi introduzido no Brasil a partir da província do Pará.
A industrialização na Europa e nos Estados Unidos proporcionou uma grande massa consumidora de produtos exóticos.
A cultura cafeeira, que parecia brotar no Sudeste à época da Coroação de D. Pedro II, tornou-se a base financeira do Segundo Reinado.
Com um tempo, essa cultura que sustentou o Segundo Reinado, propiciou a estabilidade territorial, manteve a escravidão e gerou mudanças significativas para a vida nacional.
“Os lucros trazidos pela lavoura do café transformaram rapidamente o Brasil. Tudo mudou, menos o essencial: o país continuou sendo uma sociedade agrária e escravocrata”.

v O Declínio do Imperador:
Por volta de 1868, a paz política já começava a se afastar do imperador.
A Guerra do Paraguai aumentou o prestígio do imperador. Mas depois do fim, tudo começou a sair dos trilhos.
O clamor abolicionista começou a ganhar força, assim como a fermentação republicana.

Þ    Guerra do Paraguai (1864-1870):
No dia 11 de junho de 1865, uma das maiores batalhas navais do continente iria começar.
A ambição de Francisco Solano López era tornar seu país uma potência continental. Assim, quando assumiu em 1864 tratou de apoiar a política populista e imperialista do pai – Carlos López.
Contudo, seus interesses bateram de frente com os do Império Brasileiro e da recém-nascida República argentina.
Em 1864, D. Pedro II deslocou tropas brasileiras para intervir e invadir o Uruguai.
Solano López não se agradou com a intervenção brasileira e deixou bem clara sua intenção de agir militarmente para manter a soberania uruguaia.
A situação era tensa, mas em 1865, a marinha paraguaia apoiou a entrada do navio brasileiro (Marquês de Olinda) em suas fronteiras para aprisioná-las. Com isso, o Brasil declarou guerra ao Paraguai.
Argentina aliou-se ao Brasil.
O resultado foi a assinatura do tratado da Tríplice Aliança, que reunia Brasil, Argentina e Uruguai contra o Paraguai.
A guerra foi estendendo por muito tempo.
Em um certo momento, a população brasileira já não aguentava mais os esforços da guerra. As vitórias da Tríplice Aliança, em vez de fortalecer, somente aumentavam os conflitos. E a guerra tornou-se um violento massacre.
López não se rendeu e teve a brilhante ideia de adentrar no seu território com um “exército” composto por crianças. Isso atraiu exércitos inimigos para uma implacável perseguição.
López foi encontrado morto. A Guerra do Paraguai não teve efeitos positivos.
Paraguai ficou arrasado.
E no Brasil, levou à Crise do Império.

Þ    A Abolição:
Antes da Princesa Isabel assinar a Lei que daria fim ao Escravismo no Brasil, outro tanto de Leis tentaram fazer isso.
·         Lei Bill Aberdeen (1845)- autorizava os navios ingleses de abordarem e prenderem navios negreiros.
·         Lei Euzébio de Queirós (1850)- proibia o tráfico negreiro no Brasil.
·         Lei do Ventre Livre (1871)- declarava livre todos os filhos de escravos.
·         Lei dos Sexagenários (1885)- concebia liberdade aos escravos maiores de 60 anos.

·          Lei Áurea (1888)- fim da escravidão no Brasil. 

Revisão de História- Primeiro Reinado

Oi meus amores, tudo bem? Novamente no Brasil, trouxe um pouquinho do Período Imperial para vocês. Tudo beeem completinho. Espero que gostem e que seja útil. Beijão e bons estudos.

Depois de longos anos de submissão à Corte portuguesa e muita bagunça feita, é hora de pôr tudo em seu devido lugar. Então, é isso que D. Pedro I tenta fazer por 9 anos de seu governo: arrumar a casa.
Em 1823, D. Pedro convoca a primeira Assembleia Constituinte o que gera conflitos entre três grupos da elite.
O maior dos grupos era dos Liberais Federalistas (Moderados); que pediam liberdade econômica e maior poder nas mãos dos empresários. Além de quererem descentralizar o poder do Imperador.
O grupo dos conservadores era o grupo dos Absolutistas (Partido Português); que pediam a volta de um sistema colonial ou centralização do poder na mão da Corte.
O terceiro grupo, liderado por José Bonifácio de Andrada, mantinha-se entre os outros dois grupos. Era chamado de Os Bonifácios (Partido Brasileiro) e queriam o poder centralizado e uma certa liberdade, limitada.
Entretanto, D. Pedro não simpatizava com nenhuma das ideias.
Os líderes desses grupos, apesar das divergências, decidiram instituir o voto censitário e indireto.
Contudo, iniciou-se uma série de acirrados conflitos entre os grupos e então, D. Pedro dissolveu a Constituinte em novembro de 1823, no episódio conhecido como Noite da Agonia.
Com isso, D. Pedro nomeia um Conselho de Estado e juntamente com membros do Partido Português, em março de 1824, outorga a primeira Constituição do Brasil.
A Constituição de 1824 traz consigo:
o   Divisão dos três poderes;
o   Voto para homens livres, alfabetizados, com mais de 25 anos e mais de 100 mil réis como renda anual;
o   Poder Moderador.
Agora, o país iria dançar conforme sua música. O Brasil era independente, mas vivia um absolutismo ilustrado.
D. Pedro criou, assim, a Constituição que bem entendeu, mas isso não agradou a todos.
Assim sendo, uma série de revoltas iria eclodir naquela época e tudo seria apenas um “trailer” do que viria acontecer no Período Regencial.
v  Confederação do Equador (1824):
Em Pernambuco, os Liberais ocuparam o Palácio Governamental e proclamaram a Confederação do Equador.
Foi um movimento republicano, abolicionista, urbano e popular.
Queriam o rompimento da província em relação ao governo sediado no Rio de Janeiro e a declaração de uma nação independente e republicana nos moldes estadunidenses.
Manuel de Carvalho Paes de Andrade passou um tempo exilado nos Estados Unidos e de lá voltou com ideais republicanos. Ele já tinha participado da Revolução Pernambucana de 1817.
Quando retorna para Recife, encontra uma junta para governar a província, chamada de Junta dos Matutos.
Essa junta pressionou o antigo governador da província, Francisco Paes Barreto, que acabou renunciando. Assim, a junta nomeou Paes de Andrade como novo governador provincial; mas isso não era permitido.
Dessa forma, quando D. Pedro tomou conhecimento da situação, pediu a volta de Paes Barreto. Ele tentou, porém não conseguiu o cargo de volta.
Indignado com a situação, D. Pedro espalhou o boato de que Paes de Andrade iria proclamar a República no dia 6 de março; era uma emboscada.
Paes de Andrade caiu. Negando a proclamação no dia 6 de março, mas deixando em aberto que sim, iria proclamar, mas não no dia 6. Com isso, ele acabou se afirmando republicano.
No dia 31 de março, D. Pedro ameaça o fechamento do Porto de Recife caso Paes de Andrade continuasse no poder.
E então, muita gente adere ao movimento.
Pedro de Bragança percebe que de elitista esse movimento não tem nada, é popular.
Em abril, ele propõe um apaziguamento: nem Paes de Andrade nem Paes Barreto. Uma terceira opção: José Myrink – um liberal mineiro.
Mas o problema não estava no nome que governaria Pernambuco e sim no fato de que sempre, D. Pedro queria todas as escolhas de seu jeito.
E os liberais passaram a ver essa tentativa de apaziguamento como uma franqueza do Imperador.
Assim, Paes de Andrade aproveita o momento para escrever uma carta, no dia 1º de maio de 1824. Nessa carta, encontra-se as características da Confederação:
o   Pedem uma nova Assembleia Constituinte;
o   Insatisfação com o Poder Moderador;
o   Distribuição do poder político;
o   Separatismo;
o   Abolição da escravatura.
No dia 2 de julho de 1824, Paes de Andrade proclama a Independência de Pernambuco e pede ajuda norte-americana e inglesa, que acaba não acontecendo.
Contudo, o Movimento enfraquece.
Em julho, Pernambuco sofre uma série de ataques e os líderes do Movimento são condenador. Paes de Andrade foge, mas outros líderes mais pobres, como Frei Caneca, são condenados à morte.
v  Guerra da Cisplatina (1825):
D. João havia ocupado a Região da Cisplatina e o povo não aceitou e começou a se rebelar.
A Argentina, aproveitou o momento e ocupou a região. O Brasil, então, começou a disputar com a Argentina essa região.
A disputa se estendeu de 1825 até 1828.
Depois de 3 anos de incansáveis batalhas e nenhum vencedor, a Inglaterra decide intervir e em agosto de 1828 força uma declaração de paz entre Brasil e Argentina. Ou seja, não teve um ganhador.
O custo da guerra foi muito alto e em 1829, o Banco do Brasil fecha; causando mais descontentamento na população.


v Abdicação do Monarca:
D. Pedro começa a ser “mal visto” logo ao convocar a 1º Assembleia Constituinte e outorgar o Poder Moderador. Ou seja, desde o início ele já se mostrou autoritário.
Assim, tempos depois, o povo já não vê mais Pedro de Bragança como “herói”.
Embora tenha centralizado o poder em suas mãos, sempre agiu constitucionalmente.
D. Pedro envolveu-se em crises internas e externas. Incompatibilizou-se com o Exército, o povo e a política. Viu o Brasil se endividar e Portugal rebelar-se. Declarou uma guerra desastrosa à Argentina.
O povo, recrutado à força, também passou a odiar D. Pedro e os ataques se tornaram uma espécie de esporte nacional.
Em 1831, D. Pedro I abdicou em nome do seu filho de 5 anos, D. Pedro II.

Morreu sozinho, em 1834, e sem, nem ao menos, conhecimento do povo brasileiro, envolto nas turbulências regenciais.