domingo, 15 de maio de 2016

Revisão de História- Idade Média- ENEM 2016

Opa galera, tudo na paz? Então, hoje trago um dos mais importantes assuntos de História Geral: Idade Média. Espero que consiga ajudar e que vocês gostem. Qualquer dúvida estou à disposição. Bons estudos e beijão.

Idade Média (“Idade das Trevas”):
O longo período da Idade Média, que estende-se da queda de Roma, em 476 d.C. até a queda de Constantinopla, em 1453, foi dividido em duas fases:
1.  Alta Idade Média- que representava o crescimento, a consolidação do feudalismo. Entendeu-se do século V ao XI.
2.  Baixa Idade Média- que representava a decadência, a crise do feudalismo. Prolongou-se do século XI ao XV.
Algumas características da Idade Média:
1.  Ruralismo- em decorrência a Lei do Colonato e as invasões Bárbaras;
2.  A expansão do cristianismo;
3.  Atrofiamento das cidades e comércio- em decorrência da ruralização;
4.  Teocentrismo- monopolização da cultura pela Igreja Católica.
v  Feudalismo:
Feudalismo é o modo de produção agrícola, com relações servis predominante na Idade Média.
Tinha como principais características:
·         Ruralização;
·         Atrofiamento do comércio e das cidades;
·         Descentralização política;
·         Teocentrismo.
O Feudalismo era descentralizado, ou seja, não tinha uma grande unidade de poder. Cada senhor feudal era a figura administrativa de seu feudo.
Todo feudo era autossuficiente, ou seja, a produção era para o próprio consumo, fazendo com que não houvesse trocas monetárias, o que haviam eram trocas de produtos, conhecida como escambo.
A estratificação social feudal era peculiar, tinha a Igreja em uma posição acima na pirâmide, visto que, esta tinha bastante influência:
1-    Clero- membros da igreja;
2-   Nobre feudal- latifundiários; (Cavaleiros- defendiam o feudo. Entram na parte da nobreza);
3-   Servos e vilões- camponês.

Os laços feudais eram heranças deixadas tanto por Romanos, como por Germânicos.
1-    Herança Romana- Colonato- servidão. Também conhecido como Laço Vertical.
2-   Herança Germânica- Comitatus- suserania e vassalagem. Laço de doação de terra entre nobres. Também conhecido como Laço Horizontal.


OBS.: Colonato é diferente de Vassalo. Colonato é a prática da servidão, herança deixada pelos romanos, mais precisamente pelo Imperador Constantino. Já o Vassalo era o nobre que recebia a terra. 

O feudo também era dividido:
1-    Manso servil- lote dado ao servo;
2-   Manso senhorial- lote em que 100% da produção era do próprio nobre feudal;
3-   Manso comunal (comum)- bosques, lagos, florestas...

®    Impostos feudais (obrigações servis):
1-    Talha- parte da produção do servo que pertence ao nobre feudal;
2-   Corvéia- trabalho de três dias no manso senhorial;
3-   Banalidades- pagamento pelo uso de ferramentas;
4-   Capitação- pagamento por pessoa;
5-   Albergagem- pagamento por hospedagem;
6-   Formariagem- pagamento por casamento de servos de feudos diferentes;
7-   Taxa de natalidade- pagamento por nascimento;

8-   Tostão de Pedro- dízimo.

Ø  Império Bizantino (Império Romano do Oriente):
®    Legado:
Corpus Juris Civilis- Corpo do Direito Civil;
Institutas- Leis Romanas (Base das leis);
Digestos- interpretação das leis, feito pelos juristas;
Novelas- novas leis.
Surgiu em 395 d.C., com o Imperador Teodósio.
O Império Bizantino viveu seu apogeu no governo do Imperador Justiniano. Durante seu governo, Justiniano retomou territórios, conquistou mais territórios, modificou antigos aspectos do Direito Romano, realizou grandes obras, como a construção da Igreja de Santa Sofia.
Estava tudo indo bem, até estourar a Revolta de Nika. Essa revolta foi fruto da insatisfação popular em relação aos altos impostos.
Com a morte de Justiniano, o Império Bizantino enfrentou outros problemas religiosos, como a Questão Iconoclasta, que foi quando o imperador proibiu o culto às imagens sacras.
Em 1054, os problemas religiosos chegaram ao seu ápice. A Igreja Católica se divide, em um momento conhecido como Cisma do Oriente. Pois um lado da Igreja (Oriente) não aceitava os dogmas propostos pela Igreja do Ocidente, como a Iconoclastia e o Monofisismo.
A Igreja se divide em:
·         Igreja Católica Apostólica Romana (Igreja do Ocidente):
Tem como líder religioso o Papa e como capital, Roma.
·         Igreja Ortodoxa (Igreja do Oriente):
Tinha sua forma de poder o Cesaropapismo. E como capital, Constantinopla.

Ø  Império Islâmico:
Surgiu na Península Arábica e tinha como religião o Islamismo.
O Islamismo apresenta algumas características, entre elas:
·         Crença em um deus único- Alá;
·         Seguem um profeta- Maomé;
·         Têm um livro sagrado- Alcorão (Corão);
·         Têm cinco princípios:
1.     Orar cinco vezes por dia;
2.    Jejuar no mês do Ramadan;
3.    Zakat- um tipo de imposto. O fiel tem que dar 2,5% do que tem;
4.    Raaj- todo fiel deve peregrinar Meca;
5.    Jihad- “guerra santa”.
Maomé, o fundador do Islã, começa a “divulgar” o islamismo em Meca –que antes do surgimento do Islã era politeísta e um grande centro comercial e de peregrinação- isso faz com que os comerciantes comecem a temer Maomé e eles acabam tentando matar o Profeta.
Após a tentativa frustrada, Maomé foge para Yatreb e o episódio fica conhecido como Hégira.
Porém os comerciantes percebem que mesmo longe, Maomé era uma ameaça; já que o número de seus seguidores aumentava. Tentaram, então, matar Maomé mais uma vez em Yatreb. Ocorreu, porém, uma luta entre comerciantes e Maomé, que ficou conhecida como Batalha do Poço.
Tempos depois, o Tratado de Holdaybia permitiu a volta do Profeta à Meca. E Yatreb passou a ser chamada de Medina.
Com a morte de Maomé, o Império ficou nas mãos dos Califas. O primeiro Califa acabou sendo o sogro de Maomé. O quarto Califa, Ali, foi derrubado por Omíadas.
Os Omíadas começaram a expansão do Império Islâmico, mas foram contidos pelos Francos, na Batalha de Poitiers. Foi nesse período que houve a divisão entre mulçumanos, dando origem aos Sunitas, que tinham crença na Suna e no Corão, além de que o Califa poderia ser qualquer membro do Islã. E aos Xiitas, que eram mais radicais. Assumiam ligação apenas ao Corão e acreditavam que o Califa só podia ser um descendente direto de Maomé.

Em 750, os Abássidas derrubaram os Omíadas e iniciaram a decadência do Império. 

Þ    Império Carolíngio:
ª     Reino Franco:
Ocupavam a região da antiga Gália.
·         Rei Clóvis- Foi o primeiro Rei dos Francos. Os Francos expandiram-se, o que fez consolidar o Cristianismo. Com a forte influência da Igreja Católica, na época, e a aliança entre Francos e a Igreja, foi um grande benefício para ambos.
Com 45 anos, Clóvis morre.
Quando ele morre a política volta a ficar descentralizada, então, os chamados “Reis Indolentes” passam a dar bastante importância ao Major Domus, que era uma espécie de Primeiro Ministro.
Até que no ano de 679, Pepino de Heristal (Herstal), que era Major Domus, impõe ao cargo de Major Domus as características de ser vitalício e hereditário.
Então, seu filho, Carlos Martel, unindo todas as suas alianças, decide ir enfrentar os mulçumanos.
A partir do ano de 732, os Francos conseguem frear o avanço mulçumano, na conhecida Batalha de Poitiers.
Carlos Martel teve um filho: Pepino, O Breve; que em homenagem ao pai inicia a Dinastia Carolíngia. Pepino conquista a Itália e a doa para a Igreja Católica.
Seu filho, Carlos Magno, consegue conquistar muitas terras, doar outro tanto para a Igreja e divide as terras dos francos em condados, ducados, marcas... A Igreja ficou bastante satisfeita com Carlos Magno e no ano de 800 deu a ele o título de Imperador.
Quando ele morre deixa três filhos, que começam uma disputa acirrada pelas terras. Até que a Igreja precisa intervir na situação e no ano de 843 a Igreja divide as terras em três partes, pelo Tratado de Verdun.
1- Carlos, O Calvo fica com a região que, atualmente, é a França;
2- Lotário fica com a Lotaríngia;

3- Luís, O Germânico fica com a região que, atualmente, é a Alemanha. 

Revisão de História- Império Romano- ENEM 2016

Opa galera, tudo na paz? Então, para fechar Roma, trago a parte de Império Romano. Último assunto de História Antiga ou Antiguidade. Espero que seja útil e que vocês gostem. Qualquer dúvida já sabem onde me encontrar. Bons estudos, beijão.

Império Romano (27 a.C.- 476 d.C.)
O Império Romano foi dividido em duas partes:
1- Alto Império: que representou os tempos de apogeu, de crescimento. Estendeu-se do século I a.C. até o século III d.C. ;
2- Baixo Império: que representou os tempos de decadência, de crise. Prolongou-se do século III d.C. até o século V d.C.

Ø  Alto Império:
Representava uma grande estabilidade política. Este período ficou conhecido também como “Século de Otávio”.
Foi também nessa fase que a política do “Pão e Circo” consolidou-se.
Durante o Alto Império surgem algumas dinastias, entre elas:
I.             Dinastia Júlio-Claudiana:
Foi a dinastia que sucedeu a Otávio. Foi marcada por disputas pelo poder e por algumas ações consideradas imortais.
1º Tibério Cláudio- caiu no desgosto do povo por ter assassinado um popular general;
2º Calígula- ficou conhecido por seu despotismo. Chegou a nomear seu cavalo como cônsul. Foi assassinado pela guarda pretoriana;
3º Nero- passou a perseguir cristãos e judeus, por contestarem a teocracia. Incendiou Roma com o objetivo de reconstruí-la. Mandou matar a mãe, esposas e irmão. Por fim, pediu que um de seus escravos o matasse.

II.           Dinastia dos Flavianos (Flávios):
1º Vespasiano- usou grande número de proletários na construção de grandes obras, como o Anfiteatro Flaviano (Coliseu);
2º Tito





III.         Dinastia dos Antoninos:
Houve, novamente, estabilidade e prosperidade para as classes dominantes.
1º Nerva
2º Trajano- aumentou a arrecadação de impostos, incentivou a agricultura e fez com que o Império Romano chegasse ao auge de sua expansão territorial;
3º Adriano e Antonio Pio- mantiveram o território seguro e em paz;
4º Marco Aurélio- passou grande parte de seu reinado enfrentando as invasões bárbaras.

IV.         Dinastia dos Severos:
Não conseguiu conter o início da decadência do Império.
1º Caracala- promulgou o Édito de Caracala (212), estendendo a cidadania romana a todos os habitantes livres do Império. O que contribuiu para a Crise do Escravismo, porque assim, não se poderia escravizar os “romanos”, agora. Durante seu governo, iniciaram as invasões bárbaras pacíficas; que foram as entradas de bárbaros nas Instituições Romanas.

Ø  Baixo Império:
O Império Romano já estava grande o suficiente e o imperador já encontrava “dificuldades” para administrar algo tão grande. Por isso, Trajano chegou ao ponto máximo, ao limite de extensão territorial. Sem conquistas o fluxo de escravos diminuiu consideravelmente e o Império começou a ficar sem mão de obra.
Com isso, no governo do Imperador Constantino, surgiu a Lei do Colonato, que trouxe consigo a servidão. Como consequência, ocorreu o êxodo urbano; pois as pessoas estavam sem trabalho, comida, casa nas cidades e no campo elas teriam tudo isso, por isso foram para lá.
Com isso, o Império percebeu que estava perdendo poder e resolveu que tinha que fazer alguma coisa e houveram diversas tentativas de restaurar a ordem, entre elas:




·         Tetrarquia- instituída durante o governo do Imperador Diocleciano, mas não deu certo.
·         Édito Máximo- também instituído no governo de Diocleciano, contava com o tabelamento de preços de todos os produtos. Mas gerou desvalorização monetária e não deu certo.
O Imperador Constantino, decide colocar duas capitais no Império. No lado Ocidental a capital era Roma. Já no lado Oriental a capital era Bizâncio, que depois ficou conhecida como Constantinopla.
Ele também instituiu o Édito de Milão (313) que deu liberdade de culto aos cristãos.
Tempos depois, o Imperador Teodósio implantou a Lei Tessalônica (380) que fiscalizava o cristianismo em Roma, mais precisamente, a Igreja Católica.
Durante seu governo ocorreu o Cisma do Império Romano, de um lado (Ocidente) ficou Roma e de outro lado (Oriente) o Império Bizantino (=Constantinopla).
A crise econômica, gerada pela crise de abastecimento, crise do escravismo, inflação alta... Juntamente com o aumento das invasões Bárbaras, agora violentas, contribuíram para a invasão de diversos povos e com a invasão dos Hérulos, derrubando Rômulo, em 476 d.C. Roma caiu. 



segunda-feira, 9 de maio de 2016

Revisão de História- Revolução Russa (Revolução Bolchevique)- ENEM 2017

Oi gente! Tudo tranquilo? Hoje eu trago para vocês um assunto que eu amo demais: Revolução Russa ou Revolução Bolchevique ou até, Revolução de 1917. Vale ressaltar que essa é uma GRANDE aposta para a prova de Humanas do Exame Nacional do Ensino Médio, visto que neste ano completa-se 100 anos da Revolução. Espero que a revisão seja útil e que vocês aprendam mais. Qualquer dúvida já sabem o que fazer, estarei esperando. Beijão e bons estudos.

Com o advento da Revolução Industrial e a ascensão do capitalismo alguns grupos sentiam-se explorados e tinham a necessidade de viver em uma sociedade mais igualitária. Os russos começaram a pensar assim e, por conta disso, começou a efervescer um sentimento revolucionário.


v Antecedentes:

·        Czarismo- Rússia vivia dentro de um modelo de governo absolutista, que começava a desagradar boa parte da população;
·        Ochrama- polícia política que controlava o ensino, a imprensa e os tribunais;
·        Feudalismo- no começo do século XX a Rússia ainda era um país extremamente agrário; o que, tempo depois, causou fome e desigualdade. Os trabalhadores rurais viviam em extrema pobreza e mesmo assim tinham de pagar altos impostos para manter a base do sistema czarista de Nicolau II.
·        Industrialização Frágil- por grande parte de a população viver no campo  e as atividades econômicas serem rurais, a industrialização russa era muito frágil;
·        Guerra da Manchúria (1904)- conflito entre Japão e Rússia. Este conflito desorganizou a economia, piorando a situação dos operários e camponeses. A derrota acirrou os ânimos contra o Czar.
·        Primeira Guerra Mundial- faltavam alimentos na Rússia czarista, empregos para os trabalhadores, salários dignos e democracia. Mesmo assim, Nicolau II jogou a Rússia numa guerra mundial. Os gastos com a guerra e os prejuízos fizeram aumentar muito a insatisfação popular com o czar.

Em meio a tudo isso, surgiam grupos que visavam a derrubada do imperador. Entre essas forças, destacava-se:
·        Partido Operário Social-Democrata Russo (POSDR), fundado em 1898. Em 1903, o POSDR se dividiu:
®    Bolcheviques- liderados por Lenin. Acreditavam que a revolução deveria ser dirigida pela classe operária, em aliança com os camponeses e que por meio da luta armada se chegaria ao poder.
®    Mencheviques- liderados por Martov. Acreditavam que a revolução deveria ser dirigida pela burguesia e se chegaria ao poder por vias pacíficas, como as eleições.

Ou seja, o que as separava eram as divergências de ordem política e de caráter tático.

Além dessas duas visões sobre a revolução, havia uma terceira: a de Trotski, que formulava uma teoria conhecida como “Revolução Permanente”. Ele concordava com os Bolcheviques, mas acrescentava que, ao chegar ao poder, a classe operária deveria fazer sua própria revolução.


v Domingo Sangrento- “Ensaio Geral”:
Em 1905, quando se tornou evidente que o czarismo não traria saldos positivos, diversas revoltas explodiram em território russo. Ascendia, então, o processo revolucionário na Rússia. Os operários estavam revoltados com os baixos salários, com a fome, com a desigualdade e com a exploração.

Em janeiro de 1905, um movimento pacífico, liderado pelo padre George Gapon, deslocou-se em direção ao Palácio de Inverno, em São Petersburgo.

Os manifestantes levavam um documento destinado ao czar Nicolau II, pedindo melhores condições de vida e trabalho, Reforma Agrária e a constituição de uma Assembleia Nacional.

Apesar do tom pacífico da manifestação, a guarda nacional abriu fogo contra os manifestantes, matando centenas deles, o que serviu para aumentar ainda mais a impopularidade do imperador.

Depois do massacre, o imperador acabou tendo noção do que havia feito e das consequências de tal ato. Em uma tentativa de amenizar a situação, ele criou um Parlamento, conhecido por DUMA.

v A Revolução de Fevereiro (Menchevique):
Aos poucos, os partidos políticos e as agremiações de classes ganharam apoio popular e legitimidade.
Em fevereiro de 1917, ocorreram diversos protestos que pediam, sobretudo, a saída de Nicolau II do poder.
Os revoltosos tomaram as fábricas, ocuparam instituições oficiais, passaram a controlar o deslocamento de trens e se aproximaram das forças oficiais insurgentes.
Em decorrência desses acontecimentos, o Czar Nicolau II foi deposto no final daquele mês.
De imediato, foi constituído o Soviete de Petrogrado, uma espécie de Parlamento Proletário, que passaria a disputar o poder na capital. Além disso, também passou a combater a DUMA.
Por outro lado, a DUMA elegeu o governo provisório, com o objetivo de reestabelecer a ordem. Pretendia, também, consolidar o regime monárquico constitucional e tinha como líder Lvov, sob influência de Alexander Kerenski.
Apesar do desejo de paz que animava grande parte da população, o novo governo decidiu permanecer na Grande Guerra. 
Somado a esses fatores, tem-se o fato de que os exilados passaram a retornar ao território russo, como Vladimir Lenin, banido após a Revolução de 1905.


v Teses de Abril e os Bolcheviques:
Em abril de 1917, Lenin retornava do exílio.
Ao chegar em Petrogrado começou a propagar ideias marxistas. Tais ideias se concretizaram com um texto intitulado “Teses de Abril”, que exigia:
·         Paz- saída da Rússia da Guerra;
·         Pão- distribuição alimento;
·         Terra- Reforma Agrária.

Contudo, as Teses não foram bem repercutidas entre os conservadores, já que instigava agitações dos camponeses e operários contra o governo provisório.
Aos poucos, grupos liderados por revolucionário e bolcheviques passaram a almejar “todo o poder aos sovietes, aos operários e aos camponeses”. Em meio a tudo isso, ascendia a figura de Leon Trotski, importante na liderança bolchevique.
Para tal organização, era necessário seguir o curso da revolução a fim de consolidá-la. Mas, para isso, era preciso superar o controle político exercido pela DUMA.

v Revolução de Outubro (Bolchevique):
Na noite de 24 de outubro de 1917, os bolcheviques assumiram o controle de Petrogrado, obrigado Kerenski a fugir.
Para ocupar o poder, foi constituído o Conselho dos Comissários do Povo, presidido por Lenin, que proclamou o nascimento da República Soviética Russa, em 26 de outubro de 1917.
Logo se realizou o Congresso dos Sovietes, que tomou medidas bastante importantes:
·         Articulação para a assinatura do Tratado de Brest-Litovski (assinado com a Alemanha, garantia a saída da Rússia da Primeira Guerra Mundial);
·         Prisão das lideranças políticas ligadas à monarquia absolutista.

v A Guerra Civil (1918-1921):
Após a revolução Bolchevique, o Exército Branco (mencheviques, membros da nobreza, oficiais ligados ao Czar) – apoiado pela Inglaterra e França - tentou desarticular a escalada de poder dos revolucionários.
O receio dos países que apoiavam tal Exército era que fossem disseminadas ideias socialistas pela Europa.
Apesar do apoio de potências europeias, o Exército Branco não obteve êxito no enfrentamento contra o Exército Vermelho, que tinha um forte apoio popular.
Após vários conflitos e mortes, em 1921, a guerra civil chegou ao fim com vitória do Exército Vermelho.

A Guerra civil durou três anos e causou um enorme estrago: reduziu a produção agrícola à metade, milhões de pessoas foram mortas e a produção industrial caiu. Diante dessa situação, o governo instituiu um Comunismo de Guerra, em que todos os setores da economia foram estatizados.

A partir de então, começaram greves operárias em Petrogrado e nessa época todos os partidos políticos foram proibidos, ou seja, a Rússia virou um Império de um único partido: o Partido Comunista. Os Bolcheviques acreditavam que a revolução na Rússia daria início a um processo internacional, mas não foi o que aconteceu, e eles estavam contando com isso para poder implantar melhor o socialismo na Rússia. Tendo isso em vista, que nenhuma outra revolução socialista deu certo, eles tinham que tomar uma decisão para garantir o sucesso da implantação na Rússia e então eles implantaram a Nova Política Econômica (NEP), idealizada pelo Lenin, com o objetivo de estimular a agricultura, combater a fome e aumentar o vínculo dos comunistas com os camponeses. Junto a NEP, foram estabelecidas algumas decisões:
·        Direito a pequena propriedade privada;
·        Pequeno retorno da economia de mercado para que os socialistas pudessem avançar em um futuro próximo (“um atrás para depois dar dois à frente”).

Em 1922 foi instituída uma nova constituição, onde as diversas repúblicas passaram a formar a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).