sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Revisão de História- Brasil Colônia: das Missões Bandeirantes à Independência- Parte II

Oi meus amores, tudo bem? Para encerrarmos a Brasil Colônia, trouxe a última parte. Finalizei com Independência. Está tudo beeem completinho e espero que vocês gostem. Lembrem de mostrar para o maior número de pessoas que conseguirem. Qualquer dúvida, sabem onde me encontrar. Beijão e bons estudos.

ª     Missões Bandeirantes:
Hoje em dia, o Brasil ocupa a quinta posição entre os países com maior território. Contudo, nem sempre foi assim.
Os Bandeirantes foram os principais responsáveis pelo processo de interiorização e expansão do território brasileiro. “Eram piratas do sertão”.
Na época em que os holandeses aqui estavam, especialmente na região Nordeste, o Sul e Sudeste ficaram “esquecidos”. Por exemplo, mão-de-obra escrava chegava ao Nordeste, mas não a essas outras duas regiões.
Assim, têm que pensar em uma solução para o problema. Pensam, então, em buscar mão-de-obra no interior do Brasil. Organizam-se, principalmente os habitantes de São Vicente, e vão em busca de mão-de-obra indígena – estes, estavam organizados nas Missões Jesuítas – além de procurarem, também, por riquezas.
Com os Bandeirantes, surge o “apresamento indígena”.
Apesar disso, alguns índios tornam-se aliados dos Bandeirantes na expansão do território.

Agora não era somente o litoral brasileiro que era conhecido e desbravado; o interior começava a ser também.
Nem tudo é doce para sempre.
A produção açucareira tinha perdido força. Até porque tínhamos que concorrer com o açúcar antilhano, que era mais barato e tinha boa qualidade.
No contexto dos Bandeirantes e da busca por novas riquezas no interior brasileiro, no fim do século XVII, no atual estado de Minas Gerais, foi encontrado o que os portugueses mais desejavam: reservas auríferas.
A descoberta de ouro no Brasil seria a solução para os problemas enfrentados por Portugal e a partir daí, inicia-se fortes investimentos nessa nova forma de lucro, dando início ao Ciclo do Ouro.
A corrida do ouro brasileira revolucionou o mundo.
ª     Período/ Era Pombalino(a)- (1750-1777):
Marquês de Pombal foi ministro do rei José I, em Portugal, e desde aquela época já se mostrava atuante.
Conhecido como “Déspota esclarecido” conseguiu ‘salvar’ Portugal dos enfrentamentos impiedosos das potências europeias.
Também aperfeiçoou o Mercantilismo português.
Incomodado com a forte influência do Clero sob o Estado, o Marquês pôs em prática um projeto de regalias.
Em 1759, os Jesuítas foram expulsos de Portugal e de suas colônias.
No mesmo ano, Pombal também extinguiu as Capitanias Hereditárias.
Em 1760, instituiu a derrama.
Em 1763, transferiu a capital de Salvador para o Rio de Janeiro.

ª     Revoltas Nativistas (1640-1720):
1-      Aclamação de Amador Bueno (SP- 1641):
Portugal enfrentava sérios problemas e em 1640, deu fim à União Ibérica. Contudo, estava mergulhado em dívidas e para tentar resolvê-las, passou a extrair o máximo de lucro que conseguisse das terras brasileiras.
É em 1640, em São Paulo, com o povo apreensivo - pois quando Portugal estava sob domínio da Espanha, a escravidão dos indígenas se fez tranquilamente. Além de que, com a volta dos portugueses, o comércio na Bacia do Prata ficaria mais difícil -  com a ‘volta’ dos portugueses, ‘elegem’ um Bandeirante para tomar a frente quando os portugueses chegassem. Assim, escolheram Amador Bueno da Ribeira como capitão-mor.
Entretanto, ele foi nomeado “herói” de forma arbitrária, sem o menor consentimento por parte dele, que acabou renunciando e fez com que a primeira revolta fosse frustrada.

2-      Revolta da Cachaça (RJ- 1660):
Entre 1647 e 1649, os portugueses tentaram decretar uma lei de que somente os escravos ou pernambucanos poderiam tomar cachaça.  
Tudo isso porque os portugueses estavam exportando vinho para o Brasil e se a cachaça continuasse “livre” para todos, seria uma forte concorrente do vinho. Por conta disso, proibiu o consumo de cachaça, exceto para escravos e pernambucanos, impulsionando a compra de vinhos.
Contudo, em 1654, os holandeses são expulsos e levam consigo o açúcar para as Antilhas, fazendo com que a nossa produção açucareira caia.
Mas os brasileiros notaram que a cana-de-açúcar também servia para a produção de cachaça e assim, começaram a produzi-la, insatisfazendo Portugal.
Por volta de 1659, os portugueses ateiam fogo nos alambiques. E assim, em 1660, estoura a Revolta da Cachaça.
Nessa época, o governador do Rio de Janeiro (Salvador Correia de Sá), em janeiro de 1660, resolve aumentar os impostos e para não causar tanta insatisfação, liberou a cachaça para os cariocas. Todavia, ele tomou essa medida sem a autorização do rei. Então, no dia 30 de janeiro, a Companhia de Comércio Portuguesa intimou o governador.
Nem todos os cariocas estavam contentes. Alguns senhores de engenho se organizaram contra essa mudança, queria o fim das tarifas. Até que eles chegaram a organizar uma tropa para tentar derrubar Salvador Correia.
Ademais, o governador teve a brilhante ideia de pedir ajuda para Portugal, em 1661. Portugal, obviamente, ajuda os revoltosos.
Em 1661, Portugal consegue apaziguar os rebeldes, revoga as tarifas e libera a produção de cachaça, sem o consumo. Mas, iria sim haver consumo, e é aí que inicia o contrabando.
E, somente em 1695, Portugal libera o consumo de cachaça.

3-      Conjuração do Nosso Pai (PE- 1666)
Durante o período colonial, em Pernambuco, era comum comemorar o feriado de “Nosso Pai”.
Esse feriado era para ajudar os doentes, mas no ano de 1666, os “doentes” eram os revoltosos.
Portugal estava numa sucessão de aumento de impostos, o que causava uma insatisfação, principalmente nos pernambucanos, que estavam passando por uma crise.
O governador da época era bastante impopular (Mendonça Furtado- “Chumbrega”). Esse governador aumentou sua impopularidade quando recebeu e hospedou alguns franceses.
O povo, então, se reuniu e usou o feriado como aliado.
Como nesse dia era comum todo mundo ir para as ruas, todos foram. E no ano de 1666, os revoltosos – com a participação do governador na festa – aproveitaram para irem disfarçados.
No fim do cortejo, com os revoltosos escondidos, esperaram a ordem para que fossem atrás do governador. Quando conseguiram apreendê-lo, levaram-no para o Forte do Brum. Esse governador, tempos depois, foi deportado para Portugal, onde tentou um atentado contra o rei e foi deportado para as Índias.

4-      Revolta de Beckman (MA- 1684):
Maranhão era, administradamente falando, “separado do Brasil”. Assim, os maranhenses não tinham um sentimento nacionalista brasileiro.
Eles enfrentavam sérias dificuldades de sobrevivência desde 1640.
Por volta de 1680, quando os portugueses chegaram na região e monopolizaram tudo, se colocando contra à escravidão indígena, monopolizou o comércio de alimentos, escravos... encarecendo o preço. Só teria uma única “empresa” para fazer o transporte de escravos, fornecer comida... e essa “empresa” ficou conhecida como Companhia do Comércio do Maranhão, que dominava a colônia por volta de 1682.
A vida do maranhense ficou absurdamente cara, ao ponto que algumas pessoas não tinham condições de alimentação, aumentando a insatisfação.
Os revoltosos foram muito cautelosos. Quando o governador saiu de cena, invadiram a Companhia do Comércio do Maranhão. Eles foram incentivados pelos irmãos Beckman. Os irmãos Beckman prenderam os jesuítas, tomaram o Corpo da Guarda.
Na virada de 1684-1685, estava tudo sob controle.
Até que em fevereiro de 1685, os revoltosos, que outrora tinham invadido a Companhia de Comércio do Maranhão, organizaram-se numa junta revolucionária, para estabelecer uma nova regra. Tinham como o objetivo principal o fim da Companhia de Comércio do Maranhão.
Portugal, contudo, convocou Tomás Beckman que na volta para o Brasil, foi preso. O irmão foi morto, juntamente com outros líderes.

5-      Revolta dos Emboabas (MG- 1707-1709)
Conflito entre paulistas e “não-paulistas”.
Os paulistas descobriram reservas auríferas no atual estado de Minas Gerais e por conta disso se sentiram no direito de monopolizar a exploração. Ou seja, nenhum estrangeiro poderia explorar naquela região; e esses estrangeiros receberam o nome de “emboabas”.
Os paulistas viam os outros povos como forasteiros e os ‘forasteiros’ viam os paulistas como um povo sem lei.
Somado a isso, em momentos muito próximos, ocorreu uma grande imigração.
E então, começou a ocorrer uma interiorização do território, já que antes da descoberta do ouro, concentravam-se no litoral. E isso, também promovia integração regional. Tudo isso em pleno Ciclo do Ouro.
O objetivo do conflito era óbvio: a busca por ouro, contudo, os paulistas lutavam pela exclusividade da extração. No fim de 1685, acaba a revolta.
Apoiando os paulistas, tinham nomes importantes, como Manuel de Borba Gato.
Do lado dos baianos: Manuel Nunes Viana, um grande comerciante.
E do lado dos portugueses: os soldados, autoridades e o famoso Bento Coutinho (responsável pelo fracasso dos paulistas).
- Muito da expansão territorial é devido aos paulistas, que depois de perder essa revolta, continuaram em busca de mais ouro.

6-      Revolta do Sal (SP- 1710)
Naquela época, só tinha um fornecedor de sal; para São Paulo e Minas Gerais.
Até que uma crise chega, e esse único fornecedor parou de fornecer sal, por motivos “particulares”.
Bartolomeu Fernandes de Faria (Bartô), era um fazendeiro paulista que tinha necessidade de alimentar uma grande quantidade de trabalhadores. Ou seja, ele não estava conseguindo suprir a necessidade de sua fazenda.
Por volta de 1710, os olhares do Brasil inteiro estavam voltados para Minas Gerais. Bartô, então, soube aproveitar a oportunidade.
Quando o governador paulista foi para Minas Gerais, Bartô, reuniu todas as pessoas que trabalhavam para ele e decidiram ir no depósito do sal, que ficava em Santos.
No tal dia, Bartô e todos os outros revoltosos, invadiram o depósito – que segundo o fornecedor, estava vazio – e acharam sal.
Eles, então, pegaram o sal que acharam e, inclusive, deixaram dinheiro referente à quantidade que pegaram.
Retornaram à fazendo satisfeitos.
Contudo, em 1711, a polícia rendeu Bartô, que no trajeto até a prisão, morreu.

7-      Guerra dos Mascates (PE- 1710-1711):
“Mascates” era o termo pejorativo que se dava aos comerciantes, geralmente portugueses.
Guerra das Mascates, portanto, foi o conflito entre comerciantes e fazendeiros, conhecidos como aristocratas.
Os fazendeiros sempre tiveram uma vida confortável. Entretanto, com um tempo, vão perdendo poder e vão empobrecendo.
Assim, passam a pedir empréstimos aos comerciantes, que na época, estavam enriquecendo bastante.
Todavia, muitas vezes, não conseguiam pagar os juros estabelecidos e como não conseguiam quitar as dívidas, davam suas terras como pagamento.
Além disso, havia uma questão regional. Os comerciantes já eram mal vistos por serem portugueses e estes, residiam, geralmente, em Recife. Já os donos de terras, viviam em Olinda, que era uma vila. Recife ainda não tinha o título de vila, até 1710, quando é reconhecida como tal. Assim, o comerciante passa a ter mais “poder” e segurança.
Ainda em 1710, os Aristocratas decidem se reunir e invadir Recife.
Invadem, “tocam o terror” em Recife. O governador, por sua vez, foge para Salvador.
Mas não iria ficar por isso mesmo.
Em 1711, os aliados dos Mascates, chegaram em Olinda e lá, incendiaram grandes plantações. O governador Félix, também apoiou e ajudou a intimidar os fazendeiros.
Contudo, tropas aristocratas acabam prendendo Bernardo Vieira, que acaba morrendo em Portugal.

8-      Revolta Filipe dos Santos ou Revolta Vila Rica (MG- 1720):
Por volta de 1720, Minas Gerais atraía olhares ambiciosos de muita gente.
Portugal estava contente por ter ouro em sua colônia; ademais, apreensivo com a forma que iria adotar para extrair ouro do interior do Brasil.
O governo português pensou em duas soluções:
·         Fazer com que algumas “empresas” fossem as únicas a chegar naquela região e assim, vender seus produtos. Dessa forma, a Coroa teria um controle bastante eficiente. À essa prática, damos o nome de “fiscalismo”.
·         Implantar uma ‘casa’ onde teriam que levar todo o ouro coletado e esse ouro seria fundido, transformado em barra e receberia o carimbo da coroa portuguesa.
E aí, a população não gostou muito da ideia e é nesse contexto que começa a mobilização contra as casas de fundição.
Então, Filipe dos Santos se aliou a Pasqual da Silva, que convocou muita gente, inclusive Manoel Mosqueira, Manuel Nunes... então, muita gente acabou aderindo à ideia.
Contudo, Portugal passou a enviar grandes batalhões para o Brasil e eles ficaram conhecidos como “Dragões”.
Mas Filipe dos Santos teve uma ideia: ir para a frente da ouvidoria e lá, gritar. Conseguiu apenas afugentar o ouvidor.                                  Depois, seguiu em direção à Câmara Municipal e falou os três objetivos:
1-    Menos impostos;
2-   Fim do monopólio do ouro;
3-   Barrar a construção da casa de fundição.
Contudo, o povo, mesmo querendo barrar a construção, ficou muito apreensivo por conta das tropas portuguesas. E então, têm a ideia de conversar com o Conde de Assumar.
Conde de Assumar era o responsável pelo Fiscalismo.
Quando eles foram conversar com ele, ele assentiu e deu sua palavra de que iria barrar a construção.
Contudo, dois dias depois, o Conde mandou 1500 homens tomar conta da cidade, tocar fogo na casa dos líderes. Acabaram prendendo Filipe dos Santos, e o mataram enforcado e outros líderes também foram presos.
A casa de fundição começou a funcionar em 1725.
ª     Movimentos Emancipacionistas:
1-      Inconfidência Mineira (1789):
Foi um movimento - liderado por intelectuais, comerciantes, clérigos e militares, influenciado por ideais Iluministas – que pedia, principalmente, o fim do Pacto Colonial. Mas também pediam a adoção de uma República.

A sociedade mineira estava, cada vez mais, insatisfeita com o rumo que Portugal estava dando a colônia, principalmente com a implantação do rigoroso sistema fiscal aplicado na atividade mineradora.
As autoridades portuguesas estavam ameaçando os interesses da elite e o principal motivo foi a execução da derrama.
Contudo, um dos participantes – Joaquim Silvério dos Reis – em troca do perdão com suas dívidas, dedurou o movimento e seus participantes.
Como o movimento tinha um caráter elitista, apenas um integrante foi executado: Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes). Foi condenado à forca e em seguida esquartejado.
Por conta de Tiradentes que a Inconfidência ficou conhecida, pois nem chegou a acontecer.

2-      Conjuração Baiana ou Conjuração dos Alfaiates (1798):
Foi uma revolta social, com efetiva participação popular, diferente do caráter elitista da Inconfidência.
Pediam o fim do Pacto Colonial, a adoção da República, fim da escravidão e igualdade racial.
Foi influenciada por ideais da Revolução Francesa.


ª     Vinda da Corte para o Brasil (1808):
Por que a Corte abandonaria seu país e viria para a Colônia? O que levaria tantas pessoas a abandonar sua vida em Portugal?   
    
Naquela época, Napoleão pretendia dominar toda a Europa. Contudo, enfrentava sérias dificuldades com o poder inglês.
Então, utilizou uma estratégia que iria derrotar a Inglaterra: o Bloqueio Continental (1806).
Com isso, Portugal se vê no meio de um grande impasse. Se D. João, naquela época príncipe regente, desrespeitasse o Bloqueio, a França invadiria Portugal.
Contudo, Portugal tinha fortes alianças com a Inglaterra e dependia economicamente dos ingleses.
Desse modo, Portugal e Inglaterra assinaram a Convenção Secreta em 1807, que permitia relações comerciais entre ambos. E em caso de ataque francês à Portugal, as tropas inglesas favoreceriam a fuga da Corte para o Brasil.
Napoleão ficou sabendo da Convenção Secreta e prontamente organizou a retaliação. A França celebrou o Tratado de Fontainebleau, em 1807, com a Espanha. E de acordo com esse tratado, Portugal seria ocupado e dividido entre a França e a Espanha.
Então, a Corte portuguesa logo se prepara para a partida.
E assim, no dia 24 de janeiro de 1808, quando aquele pedaço flutuante de Portugal pisou em solo brasileiro, uma nova era para a História do Brasil começou a ser escrita.
Logo no desembarque, o Brasil já começara a se livrar dos resquícios coloniais. Em breve, seria um reino unido a Portugal. A seguir, um país independente.
A vinda da Corte significou diversos avanços.
Trouxe, por exemplo, a independência econômica – principalmente pela Carta Régia – o que deu fim ao exclusivismo colonial.
Por volta de 1810, D. João assinou alguns tratados com os ingleses, o que fez com que os britânicos exportassem produtos para o Brasil.
Em 1815, Napoleão é derrotado e o Congresso de Viena surge para poder colocar ordem e limpar a poeira deixada. E assim, Portugal renova as relações diplomáticas que tinha com a Espanha e França.
E Portugal também eleva o Brasil ao patamar de Reino Unido a Portugal.
Além da abertura dos portos às nações amigas – promovidas pela Carta Régia – muitas outras medidas foram tomadas no Governo Joanino.
D. João criou:
·         Banco do Brasil;
·         Museu Nacional;
·         Jardim Botânico;
·         Biblioteca Pública;
·         Instalou indústrias.

Ø  Revolução Pernambucana (1817):
Em 1817, estoura a Revolução Pernambucana.
Com a chegada da Corte, a população carente de Pernambuco tinha esperança de um momento próspero; contudo, os impostos subiram para manter a Corte aqui; o que causou um descontentamento. Além disso, estavam sob forte influência liberal.
Entretanto, o que motivou essa revolução foi o fato de que o Governo de Pernambuco prendeu militares suspeitos de serem revoltosos.
Com isso, um desses militares, matou o comandante dele, e isso gerou um motim, que se espalhou por Recife.
O caos estava instalado. Todavia, os manifestantes que estavam à margem de toda a situação, acabaram implantando um Governo Provisório, onde queria elaborar uma Constituição.
Mas o movimento enfraqueceu e foi reprimido violentamente pela Coroa.

Ø  Do “Dia do Fico” à Independência:
Em Portugal, a Revolução do Porto, em 1820, estava fervorosa.
Queriam diminuir o poder da família Bragança, criar uma Constituição e, principalmente, queriam que O Brasil voltasse a condição de Colônia.
D. João decide voltar para Portugal e aqui, deixa como príncipe regente, D. Pedro.
Entretanto, o governo português começou a pressionar D. Pedro para que ele também retornasse à Portugal.
Mas D. Pedro recebeu uma representação de mais de 8 mil pessoas do Rio de Janeiro e todo mundo queria que ele permanecesse.
No dia 9 de janeiro de 1822, “para o bem de todos e felicidade geral da nação”, D. Pedro mandou dizer ao povo que ele aqui ficaria.
Enquanto a Corte queria que o Brasil voltasse a condição de Colônia, o povo brasileiro ia ficando insatisfeito.
Assim, os ideais de emancipação de Portugal começaram a ganhar força, principalmente no Rio de Janeiro.
Então, D. Pedro I convocou eleições provinciais para compor uma Assembleia Constituinte. Isso mostrou que ele realmente estava disposto a enfrentar Portugal e se emancipar.
Desde aquele ano de 1500, quando os estrangeiros, pela 1º vez, pisaram em terras brasileiras, a saga de um país começou a ser escrita.
Passou por diversas mãos e fatos que queriam entrar para essa história.
Depois de longos 322 anos de submissão à Corte Portuguesa, D. Pedro I, às margens plácidas do Rio Ipiranga; heroico e retumbante, rompeu o Pacto Colonial.
No dia 7 de setembro de 1822, o sol, em raios fúlgidos, brilhou no céu da pátria naquele instante.

“D. Pedro amava o país. Parecia o homem certo para torná-lo uma nação independente. Foi justamente o que ele fez.”  - Eduardo Bueno. 

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Revisão de História- Revolução Industrial

Oi meus amores, tudo bem? Entrando no contexto de História Geral, trouxe para vocês Revolução Industrial, que mudou completamente o modo de produção e as relações sociais. Desde já, espero que gostem e que seja útil. Não esqueçam de mostrar para todo mundo. Beijão e bons estudos.

A Revolução Industrial foi a responsável por tornar a Inglaterra uma grande potência.
O pontapé inicial para a Inglaterra ser o berço dessa revolução foi dado em 1689, com a Declaração de Direitos; tornando-se um país liberal. E nessa época, a marinha inglesa era uma das mais fortes do mundo.
Mas é só a partir do início do século XVIII, que a Revolução se inicia, propriamente dita.
Além da prática liberal, a Inglaterra tinha um forte mercado consumidor interno e externo. Também contava com a abundância de mão-de-obra.
A Lei dos Cercamentos teve uma forte influência sob a Revolução. Deu margem à produção de ovinos, consequentemente à extração de lã, que servia de matéria-prima para indústria têxtil. Também melhorou a agricultura, deixando-a de forma mais mecanizada. Consequentemente, o trabalhador do campo foi morar nas cidades, provocando um grande êxodo rural e um excedente populacional nas cidades, aumentando a quantidade de mão-de-obra.
Mesmo assim, o mercado consumidor inglês tinha a necessidade de se expandir. Assim, foram implantadas algumas medidas, como:
·         Tratado de Methuen ou Tratado de Panos e Vinhos (1703): foi assinado entre Portugal e Inglaterra e significou a dependência de Portugal aos produtos ingleses, como o tecido. Nesse tratado, ambos países entraram em consenso de um exportar para o outro um único produto sem taxação de impostos.
Portugal, então, passou a exportar vinho, o que não era tão rentável; enquanto a Inglaterra passou a exportar tecido, o que impulsionou sua economia e desfavoreceu Portugal.

Desde de muito tempo, produzia-se tecido de forma artesanal, familiar. Com a chegada da Revolução, essa prática passou a ser concentrada em um único “lugar”: nas manufaturas. Ou seja, deixou de ser familiar, mas não de ser artesanal.
§      1º fase da Revolução- 1760-1830:
“Era do carvão e do ferro”.
As primeiras indústrias começaram a surgir, principalmente, com a invenção da máquina à vapor.
As máquinas permitiram maior produção e com mais rapidez e, a priori, passou a ser utilizada nas indústrias têxteis.
Com isso, as produções passaram a ser em séries.
Até que, tempos depois, começou a ocorrer uma alienação do trabalho. Ocorria quando um antigo produtor artesanal, agricultor, que ao menos era alfabetizado, passou a “assumir” as máquinas. Isso acabou causando essa alienação, fazendo com que os trabalhadores se tornassem “escravos” do próprio trabalho.

Nessa época, aconteceu a expansão do Liberalismo e também a do trabalho assalariado.

§      2º fase da Revolução- 1830-1860:
“Era da eletricidade e do aço”.
Com o desenvolvimento das máquinas, tempos depois, surgiu a rodovia, marcando o início da 2º fase.
A rodovia facilitou o transporte, tanto de bens como de pessoas. E em pouquíssimo tempo, a Inglaterra, assim como a Europa, estava cortada de rodovias.

§      Movimentos operários:
Inglaterra estava prosperando, assim como a maior parte da Europa. Mas nem tudo são flores.
As péssimas condições de trabalho, a abusiva carga-horária... Acarretaram nos movimentos operários, nos quais os trabalhadores reivindicavam seus direitos.
§  Ludismo- fato quando os operários invadiram as fábricas, destruíram as máquinas...
Para eles, as máquinas eram as culpadas pelo desemprego, pelas péssimas condições de vida por eles enfrentadas.
Foram fortemente reprimidos pelo governo e pela burguesia.

§  Cartismo- os trabalhadores pediam maior participação política. Tempos depois, foram acatados.
Também foi nesse período que surgiram as Trade Unions, que eram associações de trabalhadores com fins assistenciais.

E também foram criados os Sindicatos.