quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Retrospectiva 2016- por Duda Andrade

Oi meus amores, tudo bem? Mais um ano chega ao fim e hoje vamos, juntos, voltar no tempo e relembrar os principais acontecimentos de 2016. Nosso post de despedida. Mas em 2017 vem muita coisa legal para vocês, fiquem ligadinhos, pois tudo está sendo feito com muito carinho e dedicação. Hoje, também, agradeço por tudo. Por todo o apoio, a companhia, dedicação e por vocês estarem me ajudando a realizar um sonho. Muitíssimo obrigada. Jamais imaginaria que, em um ano, vocês me dariam quase 20 mil visualizações, pois estamos a um passo das 30 mil views. Vocês são FANTÁSTICOS e eu só tenho a agradecer. Um feliz ano novo e que vocês tenham muita sabedoria para para escrever o livro da vida de 2017. Um beijão e até lá. 

Retroceder significa “voltar”, no tempo ou no espaço. E foi isso que fizemos juntos o ano inteiro. Mas hoje, vamos voltar 366 dias?
Quando voltamos no tempo, quando fazemos uma retrospectiva, decidimos o que lembrar e hoje eu te pergunto: quando ouvir “2016”, do que irá escolher lembrar?
Vai querer lembrar dos ataques terroristas – em sua maioria promovidos pelo Estado Islâmico – que tinham a França como alvo principal? Ou vai optar por lembrar da quebra de expectativa e encantamento da Cidade Maravilhosa, com as Olimpíadas e Paraolimpíadas 2016?    
E da crise de refugiados, como vai querer se recordar? Como a maior crise de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial, com crianças e adultos morrendo nas travessias, com grandes muros barrando os mesmos? Ou como a busca por uma vida melhor, com países dispostos a abrir suas fronteiras?

De 2016 vai querer carregar as sequelas deixadas pelos mosquitos? A Zika, a Chikungunya e a microcefalia? Ou vai querer levar, para sempre, a imagem da maior torcida do mundo unida, prestando homenagens e solidariedade as vítimas com a #ForçaChape?

Vai olhar para trás e querer ver um possível opressor no poder, sob 50 estrelas, ou vai querer lembrar-se da maestria do governo de Obama?
                 
                                         

Uma coisa sinto informar: você, um dia, vai sentir vontade de retroceder algumas casas e vai se deparar com uma Guerra Civil de partidos. Vai ver brasileiros vestidos de vermelho e brasileiros vestidos de verde e amarelo. Vai ouvir “abril de 2016” e lembrar da votação do Impeachment da presidente Dilma Rousseff, no Senado. Vai lembrar do dia 31 de agosto de 2016 e saber que AQUELE DIA a então presidente do Brasil foi deposta e Michel Temer assumiu o poder. Vai ter a consciência do fim da Era Petista e a mudança na conjuntura da política nacional.                                      
                                                 
                                             




E os escândalos de corrupção? Como vai escolher lembrar? Você pode lembrar das intermináveis delações premiadas, das empreiteiras envolvidas, da quebra da nossa economia. Ou pode lembrar de quem já está pagando por isso; como Cabral, ‘Garotinho’ e tantos outros presos, o afastamento de Cunha, Renan...
Você pode se recordar das manifestações que terminaram em tragédias, sangue e lágrimas ou lembrar determinação e coragem dos nossos estudantes a ocupar dezenas de escolas em forma de protesto. 
Poderemos lembrar, saudosos, de quem partiu, ou recordar os legados deixados.

                      Fidel Castro (1926-2016);
                      Ivo Pitanguy (1926-2016);
                      Ferreira Gullar (1930-2016);    
                   Domingos Montagner (1962-2016);
                        ... e tantos outros.

“Prazer, eu sou 2016. Nasci da mágica da virada, no dia 1º de janeiro. Sofri ataques terroristas e de doenças.
Vi milhões à procura de empregos e milhões em busca de um lar.
Vi o fim de uma era, a queda de uma moeda e a ascensão de outra.
Vi estrelas se apagarem e ouras começarem a brilhar.
Vi um presidente ser deposto, outro entrar no poder e vivenciei um verdadeiro cenário de House of cards.
Vi milhares de jovens saírem de suas casas e passarem noites em escolas.
Vi grandes nomes que, outrora, viam o Sol nascer após grandes festas e, hoje, vêm o Sol nascer quadrado.
Vi quase um time inteiro se perder e vi a maior torcida do mundo se unir.
Vi o Cristo Redentor acolher o mundo inteiro em um abraço de um mês.
Vi tudo isso e estou aqui para te contar como foi. Aguardo, ansioso, a chegada de 2017.”

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Revisão de História- Período Regencial e Segundo Reinado- ENEM 2016

Oi meus amores, tudo bem? Finalizando nosso kit dos 10 assuntos mais cobrados no ENEM. Hoje trouxe Segundo Reinado, que cai bastante e foi tudo feito com muito carinho e empenho. Espero que todos tenham sucesso. Que nos dias 5 e 6 de novembro consigam tudo aquilo que almejam. Que o blog e eu tenhamos conseguido ajudarem alguém de alguma forma. Muito sucesso para todos. E não esqueçam de mostrar para todo mundo, pois me ajuda muito e faz com que o blog ajude mais e mais pessoas. Bons estudos, boa prova e beijão.

Ø Brasil: Período Regencial (1831-1840):
Com a abdicação de D. Pedro I e o embarque para Portugal, ele deixa no Brasil seu filho, Pedro de Alcântara, como sucessor.
Os 9 anos de Período Regencial desvendam todas as mazelas da política brasileira.
Como o país não podia ficar sem governo, uma Regência Trina Provisória assumiu o poder.
No dia 17 de junho de 1831, a Assembleia Geral elegeu a Regência Trina Permanente e os quatros anos que essa Regência ficou no poder foram os anos mais conturbados da história do Brasil.
Foi um período marcado por calúnias, assassinatos e escândalos políticos que fizeram surgir uma grande ferida entre Conservadores e Liberais.
v Regência: Trina Permanente (1831-1834):
Foi composta por José da Costa Carvalho, João Bráulio Muniz e Francisco de Lima e Silva.
Essa Regência tentou manter um equilíbrio entre as elites do Norte e do Sul.
As agitações na capital aumentavam e espalhavam conflitos e questionamentos pelas províncias, aumentando a insegurança das elites.
Diogo Antônio Feijó foi nomeado Ministro da Justiça e enfrentou com grande violência as manifestações e, para isso, criou a Guarda Nacional.
®   Ato Adicional de 1834:
Foi um ato institucional, assinado em agosto de 1834. Modificou a Constituição outorgada de 1824. Criou Assembleias Legislativas Provinciais e substituiu a Regência Trina pela Regência Una.
        
v Regência: Antônio Feijó (1835-1837):
Foi eleito em abril de 1835 e se tornou o primeiro regente único.
Fundou o Partido Progressista (Partido Liberal, mais tarde) e iniciou uma intensa repressão as manifestações.
A oposição fundou o Partido Conservador (Regressistas).
Feijó foi fortemente atacado por conservadores e reagiu com um discurso defendendo a abolição da escravatura. Os conservadores reagiram imediatamente e isso impulsionou a renúncia de Feijó. Assim, iniciava-se o Período Regressista.

v Regência: Araújo Lima (1837-1840):
Foi eleito em abril de 1838.
Durante todo seu governo, as rebeliões iniciadas no governo de Feijó consumiram dinheiro e exército do governo central. Além das duas outras rebeliões que estouraram.

v Revoltas Regionais:
O solo estava impróprio e não havia, nem ao menos, boas sementes a se cultivar e tampouco quem as cultivassem. Assim sendo, o contexto era perfeito para revoltas.
1-   Cabanagem (1835-1840):
Foi uma revolta social ocorrida na província do Grão-Pará, que contou com o apoio de diferentes classes sociais.
A insatisfação da população já crescia desde antes da Independência.
Os manifestantes criticavam as péssimas condições de vida, o controle político exercido por, maioritariamente, portugueses.
Bernardo Lobo de Sousa assumiu a presidência da província e logo iniciou uma política repressiva, causando um enorme descontentamento.
Em 1825, os revoltosos conquistaram Belém e mataram, em plena rua, o presidente da província.
Passaram-se, então, três governos cabanos, até que o regente Feijó decidiu reestabelecer a ordem. E em 1836, enviou tropas que conseguiram esse feito.
Os cabanos conseguiram resistir. Até a chegada de uma violenta e brutal repressão, que controlou a situação. Assim, em 1840, a revolta foi duramente sufocada e deixou milhares de mortos.

2-   Sabinada (1837-1838):
Ocorreu na Bahia.
Foi uma revolta urbana – com participação das médias e baixas camadas da sociedade – e separatista, com ideais republicanos.
Os revoltosos queriam proclamar uma república provisória na província baiana, até a maioridade de D. Pedro II.
Havia, também, um grande descontentamento às opressões e imposições do governo. Além de acharem que Salvador estava “esquecido”, com os olhares voltados para o Rio de Janeiro. E, consequente à isso, pediam a volta da capital brasileira para Salvador.
Foi liderada por Francisco Sabino Álvares da Rocha Vieira.
Em 1838, enfraquecidos, foram sufocados e a revolta teve fim. Deixando quase 10% da população de Salvador, morta.

3-   Balaiada (1838-1841):
Ocorreu no Maranhão.
Foi uma disputa entre democratas radicais e grandes proprietários, que levaram a uma série de agitações.
Essas agitações, levaram à adesão de camadas mais baixas da população. Assim, adere a ideia o fabricante de balaios, Manuel Francisco dos Anjos Ferreira, que deu um caráter mais radical à revolta.
Com isso, democratas retiram o apoio aos rebeldes.
Em agosto de 1839, tomaram a cidade de Caxias.
A Regência resolveu intervir com força total. Com a ajuda de Luís Alves de Lima e Silva, a revolta chegou ao fim.

4-   Guerra dos Farrapos (1835-1845):
Estourou no Rio Grande do Sul.
Foi a mais duradoura e violenta revolta do Período Regencial.
Os donos de terras do Rio Grande mantinham ideais de separatismo da região.
Mas afinal, foi uma revolta econômica provocada pela forte concorrência na qual foi submetido o charque gaúcho. Uma revolução separatista e republicana conduzida por “caudilhos”.
A província se destacava pelo comércio de animais, mais precisamente, pelo comércio de couro e charque. Contudo, o charque gaúcho passou a concorrer com o charque argentino e uruguaio. Assim, a população rio-grandense pedia a taxação de impostos nos produtos estrangeiros.
O governo recusou e isso foi o suficiente para explodir a bomba que estava acesa há tempos.
O conflito começou em setembro de 1835 e terminou em fevereiro de 1845, com o ‘honroso’ tratado de paz.
Teve como um dos principais líderes Bento Gonçalves, que, em setembro de 1835 destitui o governo provincial e declarou independência do Rio Grande do Sul.
O governo decidiu reprimir depressa e logo enviou mercenários comandados por John Grenfell. Ainda assim, a revolta durou muitos anos. E foi, somente, no governo de D. Pedro II, em 1845, que a revolução adormeceu.

5-   Revolução Praieira (1848):
Eclodiu em Pernambuco, já no período do Segundo Reinado. Contudo, apresenta características semelhantes as revoltas ocorridas no Período Regencial.
Foi uma revolta política deflagrada pelos liberais contra os conservadores.
Os revoltosos, liderados por Pedro Ivo Veloso da Silveira, Antônio Borges da Fonseca e Joaquim Nunes Machado, pediam a convocação de uma Constituinte, a nacionalização do comércio, o fim do Poder Moderador.
Em setembro de 1848, um novo presidente, ligado ao Partido Conservador, assumiu a presidência de Pernambuco e começou a substituir os Liberais (Praieiros) de seus cargos.
Em novembro do mesmo ano, sob a liderança de Liberais, um grupo de rebeldes tomou a cidade de Igaraçu.
Em fevereiro de 1849, os rebeldes tentaram tomar Recife mas foram rechaçados.
Após a morte de Joaquim Nunes Machado, iniciou-se uma guerra de guerrilhas.
Em agosto do mesmo ano, Antônio Borges foi preso e em 1850, Pedro Ivo foi capturado.
O movimento perdeu forças e apagou-se.

v Golpe da Maioridade:
Com os Conservadores no poder, os Liberais passaram a apoiar a coração de D. Pedro II, num momento que ficou conhecido como Golpe da Maioridade.
De acordo com a Constituição, Pedro de Alcântara só poderia assumir a chefia da nação aos 18 anos. E os Liberais apresentaram diversos projetos para tentar derrubar esse artigo constitucional.
Os Conservadores, então, receosos de aparentarem se opor contra o Imperador, passaram assim, a apoiar o Golpe.
Assim sendo, em 1840, D. Pedro II chega ao poder com 14 anos.

Ø Brasil: Segundo Reinado:
Pedro de Alcântara teve uma infância marcada pela solidão. Logo foi mergulhado nos estudos.
“Imperador aos cinco anos, chefe da nação aos 14, ele faria a triste figura de um menino amadurecido antes do tempo.”
O imperador consolidou a política centralizadora de seu pai e instalou uma espécie de parlamentarismo monárquico.
Suas principais reformas foram:
·         Dissolução da Câmara;
·         Lei da Interpretação do Ato Adicional (1840);
·         Restituição do Conselho de Estado;
·         Reforma do Código de Processos;
·         Manutenção do Voto Censitário.
v O Reinado do Café:
Foi introduzido no Brasil a partir da província do Pará.
A industrialização na Europa e nos Estados Unidos proporcionou uma grande massa consumidora de produtos exóticos.
A cultura cafeeira, que parecia brotar no Sudeste à época da Coroação de D. Pedro II, tornou-se a base financeira do Segundo Reinado.
Com um tempo, essa cultura que sustentou o Segundo Reinado, propiciou a estabilidade territorial, manteve a escravidão e gerou mudanças significativas para a vida nacional.
“Os lucros trazidos pela lavoura do café transformaram rapidamente o Brasil. Tudo mudou, menos o essencial: o país continuou sendo uma sociedade agrária e escravocrata”.

v O Declínio do Imperador:
Por volta de 1868, a paz política já começava a se afastar do imperador.
A Guerra do Paraguai aumentou o prestígio do imperador. Mas depois do fim, tudo começou a sair dos trilhos.
O clamor abolicionista começou a ganhar força, assim como a fermentação republicana.

Þ    Guerra do Paraguai (1864-1870):
No dia 11 de junho de 1865, uma das maiores batalhas navais do continente iria começar.
A ambição de Francisco Solano López era tornar seu país uma potência continental. Assim, quando assumiu em 1864 tratou de apoiar a política populista e imperialista do pai – Carlos López.
Contudo, seus interesses bateram de frente com os do Império Brasileiro e da recém-nascida República argentina.
Em 1864, D. Pedro II deslocou tropas brasileiras para intervir e invadir o Uruguai.
Solano López não se agradou com a intervenção brasileira e deixou bem clara sua intenção de agir militarmente para manter a soberania uruguaia.
A situação era tensa, mas em 1865, a marinha paraguaia apoiou a entrada do navio brasileiro (Marquês de Olinda) em suas fronteiras para aprisioná-las. Com isso, o Brasil declarou guerra ao Paraguai.
Argentina aliou-se ao Brasil.
O resultado foi a assinatura do tratado da Tríplice Aliança, que reunia Brasil, Argentina e Uruguai contra o Paraguai.
A guerra foi estendendo por muito tempo.
Em um certo momento, a população brasileira já não aguentava mais os esforços da guerra. As vitórias da Tríplice Aliança, em vez de fortalecer, somente aumentavam os conflitos. E a guerra tornou-se um violento massacre.
López não se rendeu e teve a brilhante ideia de adentrar no seu território com um “exército” composto por crianças. Isso atraiu exércitos inimigos para uma implacável perseguição.
López foi encontrado morto. A Guerra do Paraguai não teve efeitos positivos.
Paraguai ficou arrasado.
E no Brasil, levou à Crise do Império.

Þ    A Abolição:
Antes da Princesa Isabel assinar a Lei que daria fim ao Escravismo no Brasil, outro tanto de Leis tentaram fazer isso.
·         Lei Bill Aberdeen (1845)- autorizava os navios ingleses de abordarem e prenderem navios negreiros.
·         Lei Euzébio de Queirós (1850)- proibia o tráfico negreiro no Brasil.
·         Lei do Ventre Livre (1871)- declarava livre todos os filhos de escravos.
·         Lei dos Sexagenários (1885)- concebia liberdade aos escravos maiores de 60 anos.

·          Lei Áurea (1888)- fim da escravidão no Brasil.